sexta-feira, 2 de outubro de 2009

É outro dia


O sol voltou e todas as janelas foram abertas pra ele entrar.
É impossível garantir quanto tempo ficara. Melhor que seja assim. Se fosse regulado por um ser humano, a discórdia seria ainda maior. É complicado agradar essa raça. Portanto, deixa como tá. Ora chuva, ora sol.
Toda vez que volta, após uma chuva, o sol traz junto um belo espetáculo para os observadores do tempo aqui da aldeia. Ela fica ao nível do mar e tem no seu oposto, a oeste, toda a cadeia de montanhas que forma a Serra do Mar, maciço que começa em Santa Catarina, vem subindo próximo da costa brasileira, terminando no Espírito Santo, mais precisamente entre os municípios de Ibiraçu e Colatina, onde está o rio Doce.
A luminosidade, nesse retorno do sol, não é intensa e, também, não existem nuvens ou neblina pra embaçar o visual, deixando uma paisagem limpa. Foi o que vi hoje pela manhã, mais uma vez, ao ir à feira do produtor: Recortes e detalhes mínimos de cada montanha, espelhados numa nitidez e coloração azul, coisa de arrepiar, que se estendendo ao longo de todo maciço, por onde o olhar alcança, beleza vista só a partir daqui. Um presente da mãe natureza, generosamente ofertado a todos nós, traduzindo suas diversas formas de vida.
A aldeia permite outro visual pra contemplação. É só caminhar pela praia Nova, próxima da foz do rio Itapemrim, que se tem à frente o mar e ao fundo parte dessa parte da Serra do Mar.
Tá feito o convite. Venha ver!
Ps: O vento nordeste, que tava represado, bate com sua força peculiar. É tempo dele.