quarta-feira, 26 de março de 2014

Oração e contemplação

Esta conjugação a Matriz de Nossa Senhora da Penha possibilita aos nativos, agregados e visitantes de Marataízes/ES. Ela provavelmente é uma das poucas igrejas brasileiras com esta perspectiva visual, principalmente pelo fato de ter sido construída ao nível do mar. Edificada sobre um lajeado, no formato de capela, em 1926, passou por uma grande reforma entre 1982/83, preservando a sua parte frontal. São quatro janelas e uma porta que ficam a menos de 100mts do mar. Está localizada próximo da Praia Central, centro, e só abre para celebrações. Foto Rafael Pereira.

sábado, 1 de março de 2014

O ES no caminho da descoberta do ouro

Os caminhos do ouro também cruzaram o território capixaba. Lucas Figueiredo neste seu ótimo Boa ventura faz uma revelação surpreendente. Embora seja controverso quando e quem ele afirma que o primeiro documento oficial do achado é de 1693,feito que coube ao bandeirante Antônio Rodrigues de Arzão. Arzão e seus cerca de 50 homens caçavam índios nos sertões de Minas e num local conhecido como Casa da Casca encontrou um ribeirão com disposição de ter ouro. Com experiência em mineração ele usou os pratos de chumbo como bateia. O local era dominado por índios bravos e sua comitiva foi cercada. Escapou pelo rio Doce e veio parar no litoral do ES, quase nus, sem pólvora ou chumbo, mas trouxe ouro, equivalente ao peso de dois dentes de alho, entregue ao Capitão-Mor Regente da Capitania, João Velasco de Molina. Era a primeira prova do metal precioso apresentado a um Agente da Coroa Portuguesa. Talvez pela insignificante quantia, Velasco não comunicou o fato aos seus superiores. Mandou cunhar duas medalhas com o metal, uma pra ele e a outro para o bandeirante.
Em 1573, a segunda expedição da caça ao ouro, comandada por Sebastião Fernandes Tourinho, saiu de Porto Seguro e passou pelo ES rumo a MG, voltando à Bahia de mãos vazias.
Outra revelação do livro é o empenho pessoal de D. Afonso VI na organização da expedição do então recém-empossado governador das Minas de Paranaguá, atual Paraná, e da Serra das Esmeraldas, uma lenda, Agostinho Barbalho de Bezerra. D. Afonso, segundo rei de Portugal restaurado, livre da tutela dos monarcas espanhóis, encontrou a coroa falida. Desceu do pedestal e escreveu a diversos bandeirantes pedindo ajuda. Em 1666, abastecido de viveres e munição, Agostinho Barbalho saiu de Vitória com sua tropa rumo ao sertão, margeando o rio Doce. Um ano e meio depois moradores do Rio de Janeiro receberam o que restou da expedição: alguns poucos sobreviventes. Agostinho não estava entre eles.