sexta-feira, 24 de abril de 2009

Ruiu a oligarquia Camata



Chora, Camata, chora

O bicho tá pegando
Chegou a hora


Tomara que do lamaçal onde chafurdam as autoridades ditas constituídas, sejamos premiados com um aprendizado didático. Nada que venha ser um assombro ou uma revolução. Um passo largo tá de bom tamanho. Depende de nós e não deles.
Pois tá de vaca não reconhecer bezerro.
O chororô do senador Gerson Camata (PMDB-ES), 24 anos de paraíso/Senado, agora, purgatório, pego atracado ao butim, outra expressão familiar a ele, tem precedente.
Na sua campanha ao governo do Espírito Santo, em 1982, primeira eleição direta na agonia da ditadura, num comício em Afonso Cláudio, cidade serrana capixaba, o "italianinho" desancou pra cima do general Figueiredo, então presidente de plantão. Inclusive, botaram pilha, espalhando que uma gravação do falatório teria impregnado o ouvido mouco do cara, um apreciador de cavalos e não dos homens.
E olha que a excelência começou na Arena, escora do regime do general, como vereador, depois deputado estadual e federal. Mudou o vento, embarcou no MDB, meio envergonhado, e se elegeu governador.
Os quatro primeiros meses do seu governo foi sob um intenso disse-me-disse do tal discurso. Tentaram até instrumentalizá-lo num possível cerco administrativo da União ao Estado. E, nessa hora, não faltaram explicações pra amenizar o bang bang capixaba.
A mais "sensata" foi que o "italianinho" tava sob efeito da boa "branquinha Thimotina", produto etílico local.
No meio do angu, ele conseguiu ser recebido pelo general. Segundo versões da época, o "italianinho" teria também derramado lágrimas no tapete do Planalto.
Não da confirmar como agora, foto acima, chupada da internet, do pronunciamento no Senado, em 20/4/2009.
Portanto, o dito do "homem-bomba" - (rola a barra)-, Marcos Vinícius Andrade, sobre o chororô no Senador, "ele tem vocação para ser ator", procede.

Não clicou nos destaques, então um resumo do imbróglio - Marcos Vinícius é economista. Trabalhou 18 anos com a excelência e foi despejado da carroça. Contrariou o Chico Buarque, da música "a dor da gente não sai no jornal", e contou coisas que diz saber do "italianinho", tipo "esquentar" sobra de campanha (200 mil), ficar com parte de salários de funcionários, receber mesada de empreiteira e auxílio moradia, com casa própria em Brasília - sua mulher, deputada Rita Camata, tem outros três contos de auxílio moradia.

É um casal dinâmico.