quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Uma lembrança na memória


Toda vez que o homo sapiens decidi intervir na paisagem, tenham certeza, o dano será irremediável. São tantas as lambanças que não cabem nos dedos das mãos.
A Praia Central da aldeia foi sempre o principal atrativo local. Por anos, induziu a vinda de centenas de veranistas capixabas, mineiros e cariocas, doidos pra "salgar a bifa" e ficar também um pouco de costa para o Brasil. A grande procura inflou os brios de uns ufanistas que a batizaram de "Pérola do Sul".
A partir da década de 90, a sua faixa de areia, de uns cinco quilômetros, começou a desaparecer, agravando nos últimos anos. E mais recentemente, sumindo de vez. Pra piorar, a maré passou a destruir a avenida, próxima à praia.
Portanto, como em outras plagas, faltam consciência e vontade política pra se criar uma base legal de uso correto do espaço urbano. A exceção fica por conta da Praia Nova, onde existe uma faixa razoável, entre as construções, a avenida e a praia. Foi só um surto de respeito às condições locais do mar, que é aberto, ondas fortes e profundidade considerável.
A "solução" pra recuperação da Praia Central foi a construção de espigões de pedras, avançando mar adentro, na tentativa de quebrar a corrente marítima e conter a maré. São dois grandões nas laterais e dois menores no centro.
Uma beleza de paisagem!!!! Cercam aqui e vai rebentar em outro lugar. Eles que se danem.
O mar se encarregou de reconstruir uma faixa da areia da praia, que já "bomba" nos finais de semana e feriados. Inclusive, ressuscitou a crença de parte da comunidade que aposta na aglomeração de veranistas como solução mágica pra estagnação econômica local. Os tempos e os costumes mudaram. Se antes a permanência de costa pra o Brasil era de até 45 dias, hoje não passa de sete dias ou um final de semana. Sem considerar o aumento das oportunidades pra circular em outros locais.
Agora anunciaram a vinda da draga, lá da Dinamarca, pra retirar à areia do mar e criar a faixa de praia. Tão gastando uns R$ 50 milhões na "obra".
Pra mim que salguei a "bifa" pela primeira vez na Praia Central, tomei meus primeiros "caldos" e surfei jacaré, no seu estado natural, é um assombro olhar agora aquele mar, ora azul, ora verde, emporcalhado pelos espigões, convicto de que somos ainda poucos e quixotescos nas nossas convicções harmônicas com Gaia.
Não joguei a tolha.
A Praia Central é uma lembrança na memória.
É isso. Simples.
O progresso impera!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Cenas do poder


Aparando o mato que cresceu por aqui.

Neste final de semana, 15/11/09, a Folha de São Paulo, único dos "jornalões' e similares, botou a público um imbróglio que por muito tempo rondou as esferas dos poderes da república: O filho do ex-presidente FHC com a jornalista Mírian Dutra, da TV Globo, Tomas Dutra Schmidt, hoje com 18 anos.
A notícia acabou repercutindo mais na blogosfera, trazendo outro babado que aguçou também o imaginário das pessoas do poder central e dos capixabas.
É um fragmento de um post do jornalista Marco Aurélio Mello, na sua página na internet.
Tá lá escrito por ele: "E se eu também contasse que o apartamento dela, na Capital Federal, foi usado antes dela ser despachada, portanto com sua generosa complacência, pelo mais importante vassalo da Corte do Cosme Velho, à época, para encontros amorosos com uma das mais belas Deputadas Federais, que era casada."
Aqui pra ler texto completo.
Se me perguntarem se a história é verdadeira, nego. Apenas relato o que ouvi e aproveito pra comentar um episódio que me deixou com um pé atrás, ocorrido nas eleições de 1998, na qual estava envolvido. Não atesto a veracidade do babado, mas a elucubração leva a considerar uma certa correlação entre a personagem do Marco Aurélio e o que vi.
Assistindo o Jornal Hoje, da Globo, eis que surge na telinha a "musa" do Congresso numa "matéria" que poderia muito bem ser considerada tipo "encomenda".
Ela conseguiu a reeleição, certamente sem essa "aparição relâmpago" como decisiva, mais como um elemento pra "encorpar" a campanha. E bota elemento nisso!
Se quiser ir fundo no "pé na cozinha" do FHC, vai lá.