quarta-feira, 3 de março de 2010

Lampejo nas calendas da justiça capixaba


Há cerca de dois anos a justiça capixaba vem tomando uns safanões que estão colocando partes das suas vísceras a público - Operação Naufrágio. As revelações não são novidades, apenas ganham agora o crivo oficial.
O Juiz Robson Louzada Lopes escreveu na página de Opinião, de A Gazeta/Vitória, de 27/02/10, o seu incomodo com o sabor do tempero do caldo das extrepolias da banda bandida servido ao distinto público. Abre o texto se identificando, dizendo onde atua e destacando a "existência de duas personalidades distintas no Poder Judiciário nacional, quais sejam, os juízes do paço e os juízes republicanos".
E sentencia: "Os primeiros perpetuam a maldição colonial brasileira que inaugurou o péssimo hábito da prestança entre seus membros e a elite podre deste país, o que resulta até hoje em nepotismo, corrupção, venda de sentenças, atos contrários ao povo etc., sendo que em sentido diametralmente inverso, os segundos são originados de verdadeira aprovação em concurso público, trazendo consigo a formação republicana, ética, democrática e idealista, sendo que em razão de sua jovialidade intelectual são destinados a enfrentar os aliados do paço, ainda que isso lhes custe por vezes a própria vida".
Não tenho motivos pra crer na tal celeridade da justiça. Talvez na próxima passagem aqui mude de opinião. Serão necessárias décadas pra que a balança e olhos vedados tenham o equilíbrio que buscam transmitir.
Os lampejos, portanto, que surgem vez em quando, somem nas calendas da estrutura deste poder.
Aqui o "Desabafo de um juiz", um cicio diante da maioria silenciosa.
"Nunca houve uma idade de ouro para a justiça", escreve José Saramago.
Leia mais aqui.
Se o seu saco ainda não encheu aqui o conluio das "grandes famílias" que se aboletaram da "justiça capixaba" através de fraudes em concurso.
Argh!! Para que eu quero descer.