domingo, 18 de abril de 2010

Os "alemão" chegaram


Pode ser tudo ou nada ao mesmo tempo.
A Vale do Rio Doce fincou um pé nos arredores da aldeia. Ainda não tá claro o que essa "cabeça de ponte" do mamute trás embrulhado no seu "plano estratégico", eufemismo de executivos, pra nós. Mas, de certa forma, a notícia vai avivar conversas de todas matizes nos aldeões. Uns vèem nela a "redenção" econômica local. Outros não tão nem aí. E alguns mais trombetearão o caos. Assim é a vida.
A Vale comprou da Usina Paineiras uma área de terra de cerca de 300 hectares, pagando perto de $ 18 milhões, algo em torno de $ 300 mil por alqueire. É uma pequena fortuna, uma supervalorização no preço do alqueire, cotado a $ 50 mil, em média, na região. A área fica em Itapemirim, próxima a Itaipava/Itaoca.
A compra, que andou sob a égide do "sigilo comercial", agora liberada após o pagamento da primeira parcela, ganha ares de mistérios. Primeiro é que fica a uns 50 km de onde apontam para a implantação da Companhia Siderúrgica de Ubu, em Anchieta, uma planta industrial da Vale, investimento de $ 9,9 bilhões na produção de cinco milhões ton/ano de placas de aço, em 2014. A outra é que o local tem só areia e terra. Tudo bem. São materiais pra construção civil que, acho eu, não justificaria nababesco investimento.
Um próximo também foi procurado graças a uma pedreira existente no seu sítio, que fica perto da área vendida.
Os caras chegaram com a seguinte proposta: - Bota preço.
É de transcender.