sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Os injustiçados


Quebra o meu galho; a vaca foi pro brejo; isso é um abacaxi; e, não gosto de jiló, amargo já basta a vida.
Com certeza, caso já tenha algum entendimento da vida, já ouviu alguma dessas expressões. Graças ao acelerado processo de urbanização já não pontua com mais frequência nas conversas como antanho. Deve ser porque saímos do campo e entramos pela evolução tecnológica, com outros usos e costumes nesses novos tempos. Mas não desapareceram para alguns imperdenidos.
Quebra o meu galho é do tempo das florestas cobrindo a terra e o homem achando que o recurso era infinito. Não é mais ecologicamente correta, além de carregar a pecha de tráfico de influência.
Duas injustiças acontecem com a vaca foi pro brejo. Ora, criatura, vaca cria bezerro/a, produz leite e carne, etc. Brejo não é um lugar ruim. Lá tem é muita vida!
Faço aqui uma mea culpa com os brejos. Nos anos 70/80, o governo capixaba lançou os programas Provárzea/Provales, de drenagem dessas áreas, uma panacéia pra auto-suficiência na produção de alimentos. Na prática mostrou-se um desastre, secando vários locais e dizimando centenas de espécies, algumas desconhecidas. Ajudei a divulgar essa falácia.
Leia Isso é um abacaxi no post abaixo.
Não gosto de jiló, amargo já basta a vida, pauta deste post, sugestão do Dino. O solanum gilo, que também é fruto, graças as mutações genéticas não é o mesmo que comia na infância, colhido na horta próxima de casa. Virou transgênico, mudou a cor, tamanho, agora com sabor insosso, desenxabido, contrapondo as agruras da vida moderna.
Desafio aceito, caro Dino, mas ao invés da Rainha, como propôs, vamos de Mulher Jiló, seguindo a tendências "das frutas".
O requisito básico é o jiló transgênico aí de cima.

Um comentário:

  1. Mulher Jiló, (jiló natural ou transgênico) penso, será mulher amarga mas que, bem preparada, poderá ficar muito palatável.
    Certo, é coisa difícílima...

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