terça-feira, 23 de junho de 2009

Ode a pequena produção



Numa das idas à Feira do Produtor, aqui na aldeia, renovou minha gratidão a pequena produção no fornecimento de alimentos. Os caminhões da prefeitura que trazem os produtores e a sua produção, atrasaram, dando um aspecto de abandono onde ela é realizada, com bancas vazias e sem o frenético ir-e-vir de pessoas comprando.
A chegada do primeiro veículo restabeleceu parte da rotina, dissipando, de vez, o ar de desolação, com a chegada do outro comboio.
À medida que as bancas eram abastecidas, renascia o coração da feira numa fartura de produtos, materializando-se numa profusão generosa de alimentos, prova inconteste de vitalidade e da importância social e econômica desse segmento produtivo.
O grupo é formado por uns 20 produtores. Esse conjunto, cada com o seu pouco, forma a dinâmica da feira.
Agora ela tá bombando. A temperatura amena permite produzir verduras (folhas e tubérculos), coincidindo ainda com a safra de laranjas (lima, bahia e seleta), mexerica, tangerina, cajá, etc. É tudo produção orgânica, que dá um paladar saboroso, diferenciado aos produtos. O solo da região ajuda muito, um verdadeiro oásis de terras férteis, capaz de produzir praticamente de tudo. Chegamos a comprar o cupuaçu, fruta típica da Amazônia.
A feira também é excelente para o bolso. Com $ 40,00 é possível encher a geladeira de verde e ornar a casa com frutas.
Essa fartura levou o "Nezinho das Galinhas", duro de negociar, a seguinte constatação:
-Tô precisando baixar meu preço.
Brado o meu alerta: A pequena produção não pode desaparecer, e sim, multiplicar.

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